quinta-feira, 9 de março de 2017

Mar

Nunca me senti mar como agora.
Tento ver beleza na inconstância de ser.
Amanheço sempre em novidade. Turva, clara, calma, agitada, caribenha, escura, forte, devastadora, perigosa, fluida, atrativa.
No balanço, não durmo, não acalento. Antes de tudo, enjoo e entonteço.
Mas se olho as pedras, se olho a fortaleza delas, a solidez... Se eu fosse pedra, me despedaçava.
Melhor ser mar.