quarta-feira, 30 de março de 2011

Oscilando...

De tudo que sei,
restou a dúvida.
Também, o sentimento
de que tivesse mais glamour,
sedução e paixão.
A vida nua (nem tanto como o desejo) e crua,
me permitiu ser contida na entrega.
Lição um: a vida não é poesia!

Desafio

Fez de mim
vivência.
Era outra e a mesma de sempre.
Rompi meus limites
e me agarrei na certeza do engano,
do medo e ... do silêncio.
Oscilando...
Estranhamente, parece-me uma relação com o vazio.
Sinto saudade do estranho, do contido, do balão,
do fugaz.
Desafio...

[dias chuvosos me inspiram melancolia. Eis que surge o cinza!]

sexta-feira, 18 de março de 2011

Cansaço

Cai sobre mim um cansaço.
Cansaço esse, tão profundo,
que meu corpo padece ao viver.
Queria ser outras.
E de tantas outras me encontrar.
Frustrada absortamente pela presença e pela ausência.
Vontade novamente de ser novamente só eu só
sem tantas novidades.

sábado, 12 de março de 2011

Das certezas que em mim habitavam,
apenas o engano ainda é morador.
Os sentimentos que exigem entrega...
Ah! São eles o adubo para a poesia.

Encontro

Da falta que a falta me dá
persiste a ausência do beijo,
do toque voraz.
No peito pulsa a expectativa
do encontro 
com aquilo que anseio.
Não sou mais eu,
sou mais uma
alma lançada a liberdade,
que leva, traz, bate e faz dançar
como folha que o vento toma.
E descubro que sou comprometida
apenas com a vida.
É primavera!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Inferno: é carnaval!

       Neste carnaval não quero pular. Não estou de TPM, menos ainda traumatizada ou de mal com a vida. Só, às vezes, é necessário o silêncio. Estou nesse momento. O resto do mundo é que não está. Hoje descobri que se é carnaval você não tem muitas possibilidades de alegria sem o carna. Ou entra ou fica em casa com a TV.
      Hoje pulei carnaval, só de raiva...

domingo, 6 de março de 2011

No labirinto do minotauro.

Receio estar perdida em mim mesmo, como no labirinto do minotauro. Receio não ter medo da chamada monstruosa criatura. Menos ainda, sinto culpa. Habita em mim o desejo do desconhecido. Talvez não tão monstruosa, talvez mais envolvente e sedutora do que se possa imaginar. Talvez seja eu, com meus sentimentos, mais abominável (ou incompreendida).
Desejo furiosamente não resistir e ser mais uma vez só entrega. Afinal, de que trata o amor?