domingo, 10 de novembro de 2013

Casinha branca

É difícil não sentir o amor voltar. É difícil ouvir o silêncio, a ausência do eco.
É difícil se trair e se contrair tanto quando é o momento pra se expandir.
É difícil não voar quando as asas estão tilintantes, quando a saudade da nó nas tripas, quando os olhos se arregalam ante a beleza de tudo no mundo que tenho negado.
É difícil manter a cara de mármore grego, aspecto divino que me falta há muito.
O anseio exorbitante pela paz que só vem com a simplicidade de ser quando me reprimo para caber, para alcançar o que só a liberdade dá.
Um cansaço de guerras em vão.
Um desejo de ter uma casinha branca de varanda para ver o sol nascer.


Nenhum comentário:

Postar um comentário