sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Eu passo...

Essa não é uma carta de despedida. Embora carregue consigo um lamento.
É uma carta de justificativa de um bater de asas e também de uma esperança que fica.
Estou partindo de seu corpo, que é a sua casa.
Não me tenha mal, só preciso partir. Passarinho só canta fora da gaiola e essa hospedagem já me tinha.
Mas fica a esperança do regresso, do reencontro, do toque, do contato.
Fica também a emoção da estadia, na mala, na sala.
Pode deixar que eu mesma fecho a porta.
Levo comigo o sorriso de canto de boca, estampado na face de uma nudez limpa.
E se ainda couber um pedido que as janelas fiquem sempre abertas.


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