terça-feira, 11 de setembro de 2012

Eu e intimamente eu, o espetáculo que Freud pagaria para ver

Um vazio me perturba e sinto o silêncio me cutucar.
Ao mesmo tempo que uma outra de mim me ronda, liberta.
Esse encontro mudou meu eixo e não sei mais em que águas navego.
Anseio desesperadamente por mais céu.
E não quero arrebentar as raízes que com tanto sacrifício finquei em sólido tão árido.
Minha boca se despedaça em carne morta sobre vestido branco.
O peito aperta e tudo que quero nesse instante é deixar de ser.
Falta o gozo. A voz.

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"Nada tenho
Vez em quando tudo
Tudo quero
Mais ou menos quanto
Vida, vida
Noves fora zero
Quero viver, quero ouvir
Quero ver..." (Ópio)

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