terça-feira, 18 de setembro de 2012

Blá, blá, blá... blá.


Nem corpo, nem olhos, nem voz.
Nada diz daquilo que sinto para quem nem pele, nem ouvidos, nem lábios podem entender.
Nem o amor que há, pode ser o mensageiro deste contato.
Ao fim, fica hospedada a solidão. Visita tão ingrata e importuna.

Não são ruídos presentes.
É que existe mesmo partes em que os caminhos não se tocam,
os ventos não rodopiam, as sombras ganham formas muito próprias e
os sentimentos pulsam e pausam em ritmo diverso.

Mas ainda somos nós.
Buscando rotas de fuga e alfinetando a alma.
Ainda somos o som que embala o encontro, o beijo, o gozo.
Ainda somos canção.

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