quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Limbo

A gente se perde. E como é fácil se perder?! Mas é uma perdição perigosa aquela dentro da sua zona de segurança. O limite é sempre fantasmagórico, assusta e é tentador ao mesmo tempo. Ah! E quantas descobertas se faz no limbo? Quantas almas se cruzam e se deixam em penúria e maledicência? E como as descobertas nos libertam e aprisionam?
Sinto meus pés escorregarem devagar no limo, o frio dali acalma o calor do corpo. Fecho os olhos e nada deixa de ser, mas ganha brilho de fantasia. Assopro e tudo vai sem onde, sem volta. A brisa adere aos meus poros e me embriaga leve, fácil e adorável. Faço destas asas a ponte para chegar perto e espiar o outro mundo, o céu e o inferno. Tudo estremece, balança, quase me leva, mas ainda estou no limbo.

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