segunda-feira, 18 de março de 2013

Deu bicho

Saudade é bicho estranho, que cruza seu caminho sem você notar e depois... vixi! Deu piolho! Um lastro de lêndeas, uma coceira pertubadora, mas por vezes gostosa. Um trabalho árduo de ter que matar na unha para amenizar.
Saudade é bicho estranho. Grudada que nem carrapato, te suga, cresce e ainda deixa ferida quando você arranca.
É igual pernilongo que fica zunindo no teu ouvido, dando picadas aqui e acolá. Os tapas não resolvem e só ampliam o sofrimento.
Saudade é bicho estranho. Ela vem de mansinho, sorrateira. E de repente, que nem barata, dá uma voadora para cima de você. Você dá uma chinelada, ela se finge de morta e quando você menos espera está zanzando de novo.
Saudade é bicho estranho. Igual verme de lixo, aparece do nada em quantidade suficiente para dominar tudo. Difícil de se livrar, pois sempre fica algum perdido em algum lugar.
Saudade é bicho estranho...
Hoje, deu bicho em mim.

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