quarta-feira, 22 de maio de 2013

Inteireza

Antes que a razão pudesse sequestrar minha mente e mudar seu rumo, a música, a companhia, o movimento e a dança sequestraram meu corpo e fizeram dele coisa incomum. Meu corpo, morada de tantos sorrisos, gracejos, angústias, tormentos, amores e dores... Meu corpo refez o meu estar no mundo. Não precisou de muitas teorias, nem de pensamentos filosóficos, nem de sentidos conscientes. A vivência fez pulsar entre o desagrado, desagravo e o sublime. Bastou sentir!
Coisa incomum fiquei, virei. Na excepcionalidade de viver fui, como outros, seguindo em frente, refazendo a vida, reescrevendo o futuro, me reinventando. Tarefa árdua e pesada, mas tão compensatória essa liberdade de coisa incomum. E depois, só depois, a razão veio e completou o que carecia a vivência. E não era sentido! Eram as ferramentas para um estar fluido e conciso no mundo.
Hoje sigo na inteireza de ser, na fluidez de passar, no toque de amar, nos saltos para voar, na tonicidade de sentir, na intensidade de compartir, no cuidado do encontro, no acolhimento do outro, na sedução do gozo e na proteção do permeio. Hoje sigo coisa incomum na excepcionalidade de viver!

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