terça-feira, 28 de maio de 2013

Paris

Ir a Paris poderia resolver todos os problemas, acalmar os anseios e diluir as angústias. Quantas pessoas não desejam todos os dias, entre suspiros e leves sorrisos, ir a Paris? Eu queria poder me livrar dos apertos que me acompanham, da sombra solitária que não me larga e do eco que ocupa meu espaço. Mas minha Paris é outra! Busco um refúgio. Qualquer espaço que aceite ser Paris e me acolha e me envolva nos momentos em que preciso largar de mim... Naqueles momentos em que já não é mais suportável a árdua tarefa de escolher meu caminho, de fazer com que ele exista. Porque, às vezes, o cansaço se apossa do corpo alheio.
E Paris podia ser um peito fraterno, um abraço respirado, um humor lançado, um beijo estalado, uma música cantada ao pé do ouvido. E podia ser tudo isso junto! Procuro alguém que aceite ser minha Paris! Um porto, fixo e receptivo. Meu porto seguro, meu refúgio, onde me escondo para me refazer. 
Enquanto Paris continua lá longe, me carrego com o peso de aprender a viver só... Porque Paris pode não existir além do meu anseio. Mas quando me perguntam como vou, nos meus pensamentos, respondo sempre "Eu quero ir a Paris!".

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