quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Coisas bonitas

Queria escrever coisas bonitas hoje. Porque queria lembrar que agora a dor já acalmou, que a apatia parece se converter em calmaria e que eu pareço seguir por um caminho de múltiplas possibilidades. No entanto, algo segura meu punho e os dedos parecem ter esquecido as letras que revelam beleza. Alguma coisa ainda está aqui.

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Porque um dia ganhei essa música de presente e isso já faz 13 anos, mas ainda tão viva em mim.





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Porque Vinícius é sempre belo Vinícius.

Poética

Vinícius de Moraes 

Rio de Janeiro, 1954. 

 

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
— Meu tempo é quando.

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