segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Quando a vida vem

Somos amigos há mais de uma década, mas ainda somos jovens. Eles são 3, cada um individualmente mais um que é o "dois". A amizade perdura com os três, sempre arejada pelo vento da intensidade. Eu e os outros amigos que completam a patota ficamos imaginando horas a fio como seria o dia em que o "dois" deixaria de existir. Porque a gente faz parte da história, da vida que alimenta o "dois". A conclusão é lógica: façam o favor de não se separarem para não arranjarem problemas para a gente!

A patota é das melhores. Um grupo de amigos manés que topam as melhores coisas e fazem das ideias mais banais ou estapafúrdias os melhores encontros. Desde um amigo oculto de canecas até um festival de sorvete com casquinha de flor e tudo. Um grupo de pessoas sem vergonha de viver, de experimentar, de vivenciar. Puro aconchego.

Era para ser um festival de sorvete, que dava sequência aos encontros iniciados com a noite de queijos e vinhos, seguido do festival de cerveja. Um encontro temático só para nos encontrarmos. Mas nossos encontros tem sempre um quê de comprometimento. Por isso, teve bandeirinhas primaveris, caldas de frutas de verdade, sabores exóticos, casquinhas de flor, salpicão (salgado refrescante), mímica e trote. Uma delícia só para um domingo nublado.

Mas eis que uma mímica mudou tudo. Nossas vidas nunca mais serão as mesmas. O milagre da multiplicação aconteceu. E não foi pão e nem sorvete. Foi muito melhor que isso. Foi a vida. A mímica "minha mulher está grávida" fez a gente pensar que filme era esse (ãh?) e como trouxas, com caras de irrealidade, percebemos que a brincadeira na verdade era um pique esconde. Ficamos o resto do dia de ontem e talvez ainda alguns dias mais, embasbacados porque teremos mais um. E nem estávamos preparados para um acréscimo de doçura em nossas vidas.

Festival de sorvete? Mais calda, por favor!


*E eu ainda me sinto como o cursor piscando.

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