Sinto saudade das coisas que fazem de você, você. O sorriso largo, o colo amável, o abraço quente, as carícias ardentes, o gozo brio.
Cada conforto, cada beijo, cada calor cutuca a memória e dá luz ao vazio que não pudemos evitar.
Sinto saudade das coisas que fazem de você presença. O corpo que ocupa o outro lado da cama, as pernas e braços que se entrelaçam com os meus, a respiração que aquece meus seios, pescoço, costas e pernas. O ninho que me espera, o ouvido que anseia por minha voz.
Agora, nem você e nem outro fazem morada aqui. Só o vazio e a saudade me acompanham.
Queria que a distância, esta senhora implacável, fosse menos que pedra. Que nossos planos convergissem como nossos corpos. Que a realidade fosse mais branda para um amor tão inocente como o nosso. Porque a saudade que fica é dor. É saudade que mata a gente.
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